quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Meus textos, meus prazos, o sol e lá no fundo, meio destruida na construção, eu

Há horas resvalando nas ideias e nos conceitos do meu texto. A cada palavra, um tropeço. Every single word. As horas avançam cruelmente. O sol, se lixando pro meu desespero e pro prazo, nasce sadio e corado. Nada como uma noite de sono reparadora, né, sol? Nada como não precisar provar nada a ninguém, né?

Ao mesmo tempo em que tento domar este cavalo, tento identificar essas coisas que passam por mim. Abraçada nesse cavalinho indomado, quero seguir em frente, mas o carrossel não pára. E as horas nascem. E o sol avança. Só o prazo recua e tá morrendo.

Mas tudo bem! Sei que os prazos que me destroem me resgatam do caos para o qual a obsessão por detalhes - e talvez minha incapacidade de me interessar pelas coisas por muito tempo - me empurra.

Esta tal de produção intelectual é construída de pedacinhos bem costurados de esforço, papel, vaidade, livros, dedicação, ócio, doação, laptops, dúvidas, fugas, ausências, canetas, culpas, prazos, borracha, olheiras, horas impiedosas e sol e lá no fundo, meio destruída na construção, eu.