sexta-feira, 20 de maio de 2011

Polêmicas da mídia... as mariposa em vorta da lâmpida

Eu nem ia escrever nada sobre essa suposta polêmica do livro didático... Falta de tempo. Falta de paciência. Precisão de mobilizar as energia pra terminar logo esse trem de tese de doutorado!
Mas principalmente a falta de vontade de dar visibilidade pra essa estratégia que a mídia - acho que é mais a Globo e aliados... nem sei bem! - tem usado pra desqualificar algumas políticas e ações do MEC.

Bom, eu resolvi escrever só pra dizer, em caráter puramente especulativo, que o MEC tem sido um dos alvos preferidos da mídia. Por quê? Não sei. Como sou linguísta e não jornalista da Globo ou Folha de SP, teria que pensar um pouco mais e ler um pouco sobre isso pra dar algum “parecer” responsável [ainda que este seja um blog que ninguém acessa, não um telejornal nacional] sobre o motivo dos ataques constantes ao MEC. Aliás, se alguém tiver informações ou reflexões sobre o assunto, aceito!

Mas o fato é que tenho percebido as constantes investidas dessa midiazinha aí contra ações e políticas do MEC em direção à promoção do respeito aos assustadores estranhos no portão. Mas parece que o clássico "Benhê, tem um pessoal esquisito lá no portão. Vou chamar a polícia." se tornou ineficiente. Os estranhos não estão mais no portão. Estão no aeroporto, no avião, nas lojas, supermercados... Até na universidade esses esquisitos estão. Até elegendo presidentas... e sei lá o que! É nóis!

Monteiro Lobato se transforma numa estratégia pra polemizar negativamente o debate sobre políticas raciais, fazendo parecer que elas são frágeis, inviáveis... Ali Kamel é que sabe das coisa: o Brasil não é um país racista!

O primeiro livro didático pra EJA que sugere o respeito às estigmatizadas variantes do português do Brasil logo se transforma, na boca da mídia, no livro que “ensina tudo errado”, que quer excluir mais ainda os excluídos. O comentário do sábio e jornalista Reinaldo Azevedo ilustra esse pensamento: "as elites sempre salvaram a democracia, quem a põe em risco é o povo."

O que esses caras queriam é que morressemos “de uma indigestão de divertimento. Manipulados, desinformados, enganados, mas bestialmente divertidos” (Saramago)...
Ahã, Craudia, senta lá!!! Lá com Bonner, Kamel, Bial, Jabor, Alexandre Gracinha e Miriam Leitão... Senta e espera! Essa midiazinha é "as mariposa em vorta da lâmpida, enquanto o sol alumia forte aqui fora...", citando uma expressão do following @pdralex.

Ah! Eu não poderia deixar de mencionar a ideia fantástica de alguns comentários que li na internet: "o MEC quer que todo mundo fale igual ao Lula pra que ele se reeleja mais uma vez. Aquele ignorante!"

Peraê. Peraê! Bora combinar: FHC [dizem que] falava francês, inglês, espanhol e até português. Mas ninguém queria ouvir o que o inimitável sociólogo tinha pra dizer. Não vou falar que o Lula foi o presidente do Brasil mais respeitado nacional e internacionalmente, chamado para intermediar conflitos internacionais etc., e que tem sido convidado a falar para os mais diversos públicos... não vou falar sobre isso, não to aqui pra humilhar ninguém!

Então, parece que a moral (1) dessa história é: não é porque uma pessoa fala "bonito" que tenha necessariamente coisas inteligentes e/ou interessantes para falar.

E a moral (2) dessa história: a mídia quer falar mal do MEC, de suas políticas e ações. Talvez porque Haddad seja um possível nome para concorrer à prefeitura de São Paulo, reduto do PSDB. Mas isso eu não sei! Só sei que resolveu falar mal desse Ministério.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu sei que Deus me orienta. Que meu anjo da guarda me dá várias dicas. Mas em alguns momentos seria mais produtivo se eles fossem mais específicos. Orientações clássicas do tipo: “tá quente, tá frio, tá gelado” nem sempre facilitam a vida de quem tem que escrever uma tese.

Eu sei que vocês sabem o que fazem. Mas a gente é um grupo, né?, então um(a) tem que saber o que os outros vão fazer.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Depois de meses, meu blog ganhou um novo seguidor. Fiquei tão emocionada que resolvi celebrar com um pequeno texto. Um texto que fala de ficção.

Domingo passado, assistimos ao Fantástico. Eu queria ver os melhores momentos do casamento de William e Kate. Mas acabamos assistindo também à reportagem de beatificação do Papa João Paulo II. Foi aí que a discussão começou.

- Como é que estes caras dão essa notícia deste jeito? A freira tinha mal de Parkinson e se curou. Essa é a evidência? Ela escreveu num papelzinho o nome do Papa e se curou? É incrível o discurso da mídia! – contesta veementemente o marido.

- Você queria o quê? Que eles instituíssem uma comissão ad hoc para pesquisar o milagre? Milagre é assim mesmo, não passa pela ciência. Milagre é milagre, acontece independente de a gente acreditar ou não. Reportagens sobre religião, meu querido, não tem Qualis-CAPES – respondi, querendo calar a boca dele para poder continuar assistindo à reportagem.

- Não estou discutindo religião. Eu estou falando de mídia. Esses caras não são ligados a nenhuma religião. Se eu fosse editor desse Fantástico, eu diria: “Segundo essa freira, ela tinha mal de Parkinson e .... E, conforme a Igreja Católica...” Mas não! Eles dizem “A freira tinha isso, escreveu num papelzinho isso e isso. Se curou. Portanto, milagre.” Isso não é jornalismo! Esse discurso é da Igreja Católica. Não everia ser o do editor!

- Primeiro, pensando assim você jamais seria editor do Fantástico! Nem do Bom Dia DF, se é que existe. Veja bem – em tom didático – o Fantástico, o Jornal Nacional e todos os outros não passam de ficção! Divertimento!

E é exatamente o que eu penso, gente! É assim que encaro todos estes telejornais... Da mesma forma que eu assisto aos melhores momentos do casamento de Kate e Will, eu assisto à beatificação de João Paulo II, eu assisto ao Obama anunciando a morte do Bin Laden. Tudo ficção! Tudo passatempo!

O que acontece de verdade acontece aqui fora, do lado de cá da telinha. Ainda que não ao nosso lado. O resto: Jornal Nacional, BBB [não gosto deste reality show, ok?], Fantástico e assimpordiante... tudo ficção! A gente assiste, ri, chora, xinga. Desliga a TV. E vai procurar alguma coisa útil para fazer. É assim.